Eu não sei por que nem para que existo!
Sem opção, já nasci nesta indigência.
Sou eterno servil da sobrevivência,
Que priva minha essência, mas resisto!
*
Ainda tenho que a minha alma, além disto,
Conquistá-la antes de minha consciência;
Porque para a infinita convivência
Com arcanjos tenho que ser benquisto.
*
Se, quiçá, fosse um mero natimorto,
Seria sobremaneira mais feliz,
Visto que não sofreria assim, absorto.
*
O penar não me leva ao cosmo eterno,
Muito menos por ser um infeliz.
Não suporto mais viver neste averno!
Fiz este soneto inspirado no poema "Psicologia de um vencido" de Augusto dos Anjos.
Escreve bem mesmo.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar com a gente.
Boa tarde, Bento. Lindo soneto. A alma tem de ser conquistada diariamente, a fim de que a melancolia existente em cada um de nós seja mais equilibrada.
ResponderExcluirSomos pessoas duais, e portanto, somos a felicidade e a infelicidade.
Um beijo na alma, e tudo de bom!