Lampião e Maria Bonita. Imagem da internet.
Devido
a muitos amigos leitores do Literatura (folhas soltas), sobretudo os irmãos
portugueses, não conhecerem a Literatura de Cordel, decidi fazer esta postagem
explicando.
Conceituação
Romanceiro popular nordestino, em
grande parte, contido em folhetos com impressão artesanal (xilogravura, que é arte
e técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira) e expostos à venda
pendurados em barbante ou cordel (espécie de cordão, barbante; daí, a origem do
nome cordel) nas feiras e mercados públicos. São feitos em linguagem simples e
popular narrando temas diversos em versos. No princípio, era cantado, agora é
recitado em voz alta para platéia.
Origem
O cordel é oriundo das Canções de Gesta medievais, que eram poesias de temas guerreiros e chegaram à região ibérica através da influência francesa, que teve nas novelas de cavalarias, o Ciclo Carolíngeo, que narravam as peripécias de Carlos Magno e os doze pares da França. A literatura popular nos foi trazida pelos colonizadores portugueses em suas bagagens e encontrou no Nordeste brasileiro ambiente propício, por razões étnicas e sociais.
Métrica
Contando-se com os gêneros mais utilizados
ou os que já foram abandonados e com o improviso, a “Poesia Popular” possui 36
modalidades, número verdadeiramente espantoso, que vem, através dos tempos,
demonstrar o grande poder criativo dos nossos bardos matutos. Eis as
principais:
1-
Sextilha
(6 linhas): é a métrica mais comum. A
rima é feita em redondilha maior, ou seja, na sétima sílaba poética com 3
versos brancos, exemplo:
Quero ter mais do que nunca
Muito mais inteligência
Para escrever estes versos
Com a maior competência.
Falar da Universidade,
O universo da sapiência.
(Codel da Universidade, Bento
Sales)
Fui moço, hoje estou velho!
Pois o tempo tudo muda!
Já fui um dos cantadores
Chamado Deus nos acuda ...
Este que estão vendo aqui
Foi Zé Duda do Zumbi!
Hoje Zumbi do Zé Duda!
Pois o tempo tudo muda!
Já fui um dos cantadores
Chamado Deus nos acuda ...
Este que estão vendo aqui
Foi Zé Duda do Zumbi!
Hoje Zumbi do Zé Duda!
(Manoel Galdino da Silva Duda)
I - Seu Romano, estão dizendo
Que nós não cantamos bem!
R- Pra cantar igual a nós,
Aqui, não vejo ninguém!
I - E o diabo que disse isto
É o pior que aqui tem!
Que nós não cantamos bem!
R- Pra cantar igual a nós,
Aqui, não vejo ninguém!
I - E o diabo que disse isto
É o pior que aqui tem!
(Romano e Inácio)
4-
Moirão
de sete pés: este é o mais usual. É feito com estrofes de linhas em que o
principiante do duelo faz os cinco versos, ou seja, os dois primeiros e os três
últimos; já o segundo cantador está encarregado de fazer os restantes ordenados
em três e quatro, exemplo:
A.L. Não vã você achar ruim
Este Mourão a doer!
J.B. Eu acredito, Agostinho
Naquilo que posso ver!
A.L.Companheiro, não se gabe,
Que a pessoa que não sabe,
Agrava a Deus sem querer!
Este Mourão a doer!
J.B. Eu acredito, Agostinho
Naquilo que posso ver!
A.L.Companheiro, não se gabe,
Que a pessoa que não sabe,
Agrava a Deus sem querer!
(Agostinho
Lopes dos Santos e José Bernardino de Oliveira)
5-
Moirão
trocado (repetição de palavra): A diferença deste gênero para o anterior é
basicamente no surgimento de palavras (repetidas) que se alternam nas quatro
primeiras linhas da estrofe, exemplo:
L. Eu, da
graça, faço o riso,
E, do riso, faço a graça!
P. E da massa, faço o pão,
E do pão, eu faço a massa!
L. Você desgraçou a peça:
Que u'a misturada dessa
Não há padeiro que faça!
(Lourival Batista e Severino Pinto)
E, do riso, faço a graça!
P. E da massa, faço o pão,
E do pão, eu faço a massa!
L. Você desgraçou a peça:
Que u'a misturada dessa
Não há padeiro que faça!
(Lourival Batista e Severino Pinto)
L. Meu irmão, a hora é esta,
De travar-se um desafio!
Lá vai uma, duas e três ...
O. Mas, em luta eu não confio
Porque desanima a festa!
Lá vai quatro, cinco e seis ...
L. Meus versos ninguém detesta
Porque desafio distrai!
O. Cuidado que você cai...
L. Caio tomando sorvete,
Você levando cacete,
Se for por dez pés lá vai!
De travar-se um desafio!
Lá vai uma, duas e três ...
O. Mas, em luta eu não confio
Porque desanima a festa!
Lá vai quatro, cinco e seis ...
L. Meus versos ninguém detesta
Porque desafio distrai!
O. Cuidado que você cai...
L. Caio tomando sorvete,
Você levando cacete,
Se for por dez pés lá vai!
( Lourival
e Otacílio)
7- Moirão voltado (13 pés): neste gênero, criado mais recente, os contendores alternam-se até o oitavo verso, para que, em seguida, juntarem suas vozes, como num coro, como neste refrão:
Isso é que é Mourão voltado,
Isso é que é voltar Mourão!
Isso é que é voltar Mourão!
Depois repetem a oitava linha com o refrão acima,
cantador A x B:
A. Tudo, neste mundo, volta.
B. Com você, combino eu!
A. Volta o rico e o plebeu;
B. Volta quem prende e quem solta ...
A. Volta a paz e a revolta;
B. Volta o sim e volta o não!
A. Volta até Napoleão
B. Que há tempo está sepultado...
A/B Isso é que é Mourão voltado,
Isso é que é voltar Mourão!
Que há tempo está sepultado...
Isso é que é Mourão voltado,
Isso é que é voltar Mourão!
B. Com você, combino eu!
A. Volta o rico e o plebeu;
B. Volta quem prende e quem solta ...
A. Volta a paz e a revolta;
B. Volta o sim e volta o não!
A. Volta até Napoleão
B. Que há tempo está sepultado...
A/B Isso é que é Mourão voltado,
Isso é que é voltar Mourão!
Que há tempo está sepultado...
Isso é que é Mourão voltado,
Isso é que é voltar Mourão!
As obras da Natureza
São de tanta perfeição,
Que a nossa imaginação
Não pinta tanta grandeza!
Para imitar a beleza
Das nuvens com suas cores,
Se desmanchando em louvores
De um manto adamascado,
O artista, com cuidado,
Da arte, aplica os primores.
(Antônio
Ugolino Nunes da Costa)
9-
Martelo
agalopagado (10 linhas): este gênero
foi criado pelo violeiro paraibano Silvino Pirauá Lima. É uma estância de dez
versos e tem a mesma regra de rima da Décima. A origem do nome vem do diplomata
francês Jaime Martelo, do século XVII, que também foi professor de literatura
na Universidade de Bolonha, que foi precursor do estilo. Ele retirou os dois
últimos versos da Oitava de Ariosto, formando o que chamou de Martelo cruzado,
exemplo:
Quando as tripas da terra mal se agitam,
E os metais derretidos se confundem,
E os escuros diamantes que se fundem,
Da cratera ao ar se precipitam.
As vulcânicas ondas que vomitam
Grossas bagas de ferro incendiado,
Em redor, deixam tudo sepultado
Só com o som da viola que me ajuda,
Treme o sol, treme a terra, o tempo muda,
Eu cantando Martelo agalopado.
(Lira
Flores)
Veiculação,
ambientação, adaptação e o artista popular
O Nordeste ofereceu um cenário ideal
que tornou forte, atraente e vasta a Literatura de Cordel. Duas razões foram
fundamentais para essa perfeita adaptação. A primeira consiste nas condições
étnicas, que é o encontro do lusitano com o africano escravo, onde se fez de
maneira estável e contínua. Com o tempo, deram-se a fusão e absorção de
influências mútuas. A segunda é o próprio ambiente social que oferece condições
que propiciaram o surgimento dessa forma de comunicação literária. A difusão da
poesia popular através de cantadores em grupo ou forma escrita.
O cordelista é geralmente de origem
humilde, e, sobretudo, de pequena cidade e da zona rural. Hoje os encontramos
nas grandes metrópoles, não só na região Nordeste, mas também em todo país. O
poeta popular, não raramente, além de artista, é empreendedor: faz o romance,
imprime-o em sua tipografia rudimentar, confecciona a capa (muitas ainda são
feitas até hoje com xilogravura) e comercializa em pontos estratégicos. Agora
com o advento do computador, a impressão está muito mais fácil.
Cíclos
temáticos
Português: antigo, cavaleirescos, novelescos,
cativos e renegados, mulheres valentes, homens bravos, aventureiros e valentes,
histórico, religioso, hagiográfico e etc.
Brasileiro: O desafio real ou
imaginário, históricos tradicionais, cangaço, Antonio Silvino, Lampião e Maria
Bonita, seca, retirante, vaqueiro e vaquejada, histórias bíblicas, profecias,
Getúlio Vargas e sua morte, crime, desastre, guerra, temais circunstantes e
muitos outros ciclos.
Considerações
finais
A Literatura de Cordel foi
utilizada, a princípio, também como veículo de comunicação, tanto em Portugal e
suas colônias, como na Espanha e seus domínios, mas este perdeu vez para o
jornal quando se popularizou.
No
Brasil, isso não ocorreu. O cordel inovou nos temas, tornando-os variados e
aleatórios e o artista se classificou como “poeta popular”, que é aquele que
faz o cordel e o cantador-repentista, que é quem faz repente e desafio orais
acompanhado por viola (mais comum hoje) ou violão. Esta subdivisão da
literatura popular (o repente) é considerada pelos estudiosos e críticos do
assunto, como Câmara Cascudo, como parte do folclore nordestino e não da
Literatura de Cordel.
Diferenças
básicas entre o cordel e o repente:
O
cordel é escrito e declamado, geralmente para uma platéia; às vezes, pode até
ser musicado, mas a letra é pré-escrita. Enquanto o repente é feito de
improviso e cantado acompanhado com viola ou violão. O evento mais comum são os
desafios, que consistem em um embate, onde os dois cantadores tentam vencer seu
adversário rimando o máximo possível ao defender um tema ou ofendê-lo até
esgotar as rimas possíveis. Se alguém, por exemplo, gravar o repente e
escrever, então não mais será um repente, mas um cordel.
Este
texto foi um trabalho escolar que fiz quando estudante do ensino médio.
Referências
bibliográficas:
AUTORES
Vários. Literatura Popular em Verso. São Paulo
Ed. da Unic. de São Paulo 1986.
Bento
Sales.
Grande aula e artigo...
ResponderExcluirUma verdade formal bastante útil para os amantes da poesia e, especificamente, do cordel.
Abraço amigão e obrigado
pelos e-mails, pois me ajudaram muito e ainda estão me ajudando tal como remédio espiritual.
Abraços!
Bento,
ResponderExcluirExcelente aula, acho que fiquei elucidado de vez. Obrigado, meu amigo.
Para complementar só me falta ouvir, num qualquer lugar do Nordeste, um repente. Quem sabe, um dia...?
Abraço
Parabéns pela aula disponibilizada. Vejo que o espaço do blog deveria explorar cada vez mais ensinamentos. Abraço, Célia.
ResponderExcluirMARAVILHO...
ResponderExcluirTEMOS QUE ESTARMOS AO LADO DE PESSOAS COMO VC
VERDADEIRO MESTRE
ABRAÇO
BRUNO
Brntinho meu amigo! Tudo bem aí?
ResponderExcluirRapaz esse texto maravilhoso você fez pra um trabalho de escola? Hahahahahahahahaha. Caramba vélho.
Muito, muito, ultra, super, mega bom! Eu entendi quase tudo, hahahahhahahahahahahaha. Eu sabia que o cordel tinha essas classificações, mas eu acho complicado, mas olha menino... Gostei demais desse post!
Um abraço e fica com Deus!
Bento ( usando o termo da Cissa Rei do Cordel ).
ResponderExcluirObrigada pela aula.
Saio daqui hoje mais culta de quando entrei.
Parabéns meu amigo pelo carinho e competencia que voce conduz teu blog;
E pela pessoa tã generosa e amiga que voce é.
Um beijo...diz pra Taci que senti falta dela.
Semana de paz!!
hahaha vamos com calma. Primeiro tenho que me aperfeiçoar no haicai, depois adentro outros estilos literários hehehe.
ResponderExcluirótimo trabalho, muito bem explicado. O que me admira é tê-lo até hoje guardado. Já mostrava talento desde cedo. haha
Abss!
----
Site Oficial: JimCarbonera.com
Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com
Bentinho!
ResponderExcluirREI DO CORDEL!
E agora, também, professor do Cordel!
Muito boa e inteligente sua ideia de explanar por aqui sobre o Cordel.
Confesso-te que pouco ou nada sei sobre o assunto, ou melhor..., nada sabia sobre o assunto.
Fiquei admirada com um trabalho deste nível para quem ainda estava no ensino médio.
Parabéns, amigo!
Grande abraço para ti e família.
Ótima semana.
FOLHAS DE OUTONO ADORA VISITAR FOLHAS SOLTAS !
ResponderExcluirMeu querido,como nordestina que sou e amante da literatura de cordel,não posso ficar só admirando essa postagem que é uma das mais rica em complemento,não deixa nada a desejar e tira todas as nossas dúvidas...Por isso que te tenho um carinho e um amor especial por teus posts que me satisfaz quando acabo de ler.Esse me deixou numa inquietude profunda,,,vou perder um pouco da minha vergonha e te pedir uma coisa,
-Vc pode me ceder um pouco desse tema para fazer um post no meu blog.Pois eu sempre alimento esse desejo.Mas não tinha encontrado o caminho que me abrisse o desfecho final.Mas aqui encontrei.Por favor,libera para eu poder navegar nesse universo que é tão meu tbm.
Bjs meu amado que está ficando tão distante de mim,shuáshuá!
Bjs meu lindo amigo!
Fica o dito por não dito/ o Repente de Bento Sales/ vira Cordel de repente/ quando alguém de tanto encanto/ anota nos seus escritos.
ResponderExcluirCaro Bento. Uma grande lição dos seus tempos de colégio. A sua sextilha e os outros exemplos aguçaram mais o meu interesse pelo tema. Tive o privilégio de ver tempos atrás no centro da cidade dois cantadores dentro de uma roda de curiosos e eu parei também por uns momentos para ouví-los. Fiquei encantada com a improvisação. Acho que parecia moirão de sete pés.
Amei.Não sabia da metamorfose do Repente para o Cordel
Obrigada,eclético e talentoso amigo.
Bom início de Semana.
Você me deu uma aula magnífica! Sinceramente, nada conhecia sobre o tema, sendo mera apreciadora dos versos.
ResponderExcluirAluno dedicado sempre chega onde está, com aqueles conhecimentos dignos de mestres.
Grande abraço e PARABÉNS!!!!!
Bento!!
ResponderExcluirEu adoro literatura de Cordel! Vende na feirinha aqui, sabia [?!]
*-*
Eu tenho uns antigos sabia [?], e no mais são bem baratinhos!!
Beijos e ótima semana viu!
Beijos na Taci =*
meu bom amigo bento,
ResponderExcluiro cordel é um alinhamento [para]literário que, ainda que olhado de soslaio pelo meios mais elitistas e conservadores, sobretudo de uma literatura canónica, pura e dura, por assim dizer, foi importante, em especial num determinado momento do nosso percurso histórico, uma vez que democratiza, em certo sentido, a leitura e nos aproxima de nós mesmos ao gravitar em torno de temas que são reais, próximos do povo e dos leitores, em sentido mais genérico.
a tua abordagem é interessantíssima, pois vai buscar as origens para, posteriormente, se fixar no cordel no brasil - cuja realidade desconhecia em absoluto. agradeço-te a contextualização clara e segura.
um forte abraço!
Bento... que maravilha de aula! Sou muito entusiasmada em conhecer esta literatura que tão pouco chega nesta querência.
ResponderExcluirMuito obrigada por me elucidar na técnica. Gosto imensamente de cordel! Penso que é uma marca muito forte de um Brasil meio esquecido no meio do sertão.
A gente aqui do sul, por exemplo, pouquíssimo sabe a respeito. Isso sem contar com os eruditos que torcem o nariz para este tipo de manifestação literária que, no meu entender, é uma das mais inteligentes!
Have a SUPER week, Bento!
ResponderExcluirBento, parabenizá-lo pelo post que belissimamente aqui, você nos apresenta é muito pouco. Não a outra maneira de definir essa publicação, assim como outros disseram, uma verdadeira aula. Um grande abraço e parabéns de verdade amigo.
ResponderExcluirOi Bento,
ResponderExcluirque delícia de aula você nos deu! Muito obrigada!
Enquanto muitos usam a internet para procurar ou postar besteiras, ver você com essa postagem tão instrutiva me dá orgulho dos amigos que fiz na blogsfera.
Parabéns!
Abraços
nice post +following :)
ResponderExcluirEntão, professor Bento.
ResponderExcluirO Haicai, o Repente e o Cordel, caíram nas graças dos leitores.
Agora podemos nos aproximar mais deles, e saber sobre eles, mais.
Graças a esse seu talento, integrado nessa cultura e outras mais.
Se há um entusiasmo aí em comunicar, há um entusiasmo aqui em absorver esses ensinamentos, essas culturas, conhecidas, mas sem as riquezas desses importantes detalhes, principalmente viajar na alma dos significados, históricos, que atravessaram tempos e mares.
Parabéns pelo talento.
Obrigado pelo Haicai que postou outro dia em seu comentário no meu blog.
Um grande abraço, amigo Bento.
Poxa Bento...
ResponderExcluirVc explicou aos seus amigos portugueses e a mim que sou brasileira também.
Eu não sabia de tudo isso não.
Obrigado por explicar.
Beijão.
Bento, meu bom amigo, que aula fantástica você nos deu!!!
ResponderExcluirSabia muito pouco sobre cordel, mas realmente é fascinante a riqueza desta arte... na verdade um show de talento que estes "bardos modernos" nos dão, mas confesso que fiquei encantada em especial com o Moirão trocado...
Hoje mesmo recebi por e-mail um cordel excelente!
Feliz dia amigo, beijos
Valéria
Caro amigo Bento!
ResponderExcluirPrimeiramente quero agradecer pela fantástica aula colocando conhecimento em muitas almas. Também quero agradecer por tamanha humildade sempre visitando e deixando seus sinceros comentários nele. Forte abraço! Mano é grande honra para mim poder dizer que tenho um leitor chamado. Bento Sales.
Olá seu Bento! Semana passada baixei vários livros de cordel no site
ResponderExcluirhttp://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do
Eu ainda estou os lendo. Gostei muito do seu texto sobre o assunto, não sou nordestino mas gostaria muito de ver de perto os cordeis pendurados em cordas. Outra coisa legal são os repentistas. Abraço!
E em relação ao meu blog, alterei algumas coisas e agora o endereço é www.prafalarantesdecalar.blogspot.com
Prof. Bento vim lhe agradecer as palavras e ao ler o texto faço a minha observação. Um bom professor explica bem até com postagens. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirUm grande abraço!
Olá Bento,
ResponderExcluirUm trabalho excelente! Incrível que o tenha feito ainda quando estudante no ensino médio.
Amei saber mais sobre o assunto. Confesso que conhecia muito pouco a respeito.
Simplesmente brilhante!
Abraço.
That's some interesting literature! Great post!
ResponderExcluirnice pics bro
ResponderExcluirgj
Great post love the picture aswell :)
ResponderExcluirAcho lindo essa arte da xilogravura.
ResponderExcluirE sinceramente eu não conhecia sobre essa literatura de cordel.
Super interessante.
Beijos
Amigo Bento Sales, parabéns pelo post / aula, sobre um assunto tão interessante. A literatura nos apresenta diversas formas de expressão da arte. Essa arte tão próxima do povo é realmente fascinante. Gostei muito da comparação final entre o cordel e o repente, realmente a diferença está apenas no registro escrito. Aqui no sul existe a trova que é o correspondente ao repente e tem exatamente a mesma essência. Nosso país é riquíssimo nas manifestações culturais, de ponta a ponta. Outro aspecto tão interessante é a métrica dos textos, que na maioria das vezes feita empiricamente, submetidos a uma escanção, apresentam uma perfeita simetria. Obrigado por sua visita no meu blog. Peço desculpas por ter estado ausente nos comentários, devido a falta de tempo. Um grande abraço
ResponderExcluirBento, parabéns pelo belissímo cordel!
ResponderExcluirVc e mesmo um gênero da literatura!
Fiquei apaxonada pelo esse cordel.
Muito bom!
Desculpe não estar visitando muito, seu blog,
por falta de tempo!
Gosto muito de curtir, tudo que vc escreve!
Beijo no seu coração!
Abraço.
Luci Sales.
Lovely writing!
ResponderExcluirNossa que aula, adorei as explicaçoes e as obras expostas. Cordel é sem duvida, um instrumento precioso da cultura popular brasileira. Ouço muito uma banda chamada "Cordel do fogo encantado " Conheces ? são bons e entoam os chamados antes das musicas. Quanto a visita de sempre, obrigado meu amigo, é sempre bem te ver lá no Crônicas !
ResponderExcluirOlá estimado amigo Bento,
ResponderExcluirBem, eu acho, que me enganei na "porta", não?
Tenho de aproveitar, porque não sabemos, o que poderá acontecer daqui a segundos.
Há mais de uma semana, que ando correndo atrás desse rectângulo, e hoje, agora, CONSEGUI. Estou muito feliz.
Teu trabalho sobre Literatura de Cordel está de nota 10. Eu sou bastante exigente como pessoa e Professora, mas a este trabalho e à forma como está apresentado, só mesmo nota máxima. Já sei, que tiveste 10. Caso não, seria injustiça.
A metodologia e a cronologia, que apresentaste, mais parece, um trabalho de História do que de Literatura. PERFEITO!
Me sinto orgulhosa, porque, e isso eu desconhecia, foram os colonizadores Portugueses, que levaram em suas bagagens a Literatura Popular para o Brasil.
Patriotismo, Nacionalismo Exacerbado, lhe chamem o que quiserem, mas Portugal "DEU MUNDOS AO MUNDO", alguém escreveu ou disse.
Literatura de "Cordel", porque cordel é corda fraca, que só dá para bagagens pouco pesadas, para gente pobre, mas com muita cultura, POPULAR, transmitida através dos tempos e de gerações.
Homens, geralmente, sem saber ler nem escrever, que faziam esta forma de Literatura de forma tão espontânea e genuína. Mal sabiam eles, que o Professor Bento iria "beber" nas suas águas.
Esta Literatura faz lembrar uma forma de Literatura Portuguesa, de que já te falei: A DESGARRADA.
Pessoas analfabetas, e que na hora, diziam ou cantavam, o que suas mentes ditavam. APLAUSOS, simplesmente.
Não imaginava Carlos Magno, metido "nessas andanças" , mas o Império Carolíngio, teve expoentes máximos e a cultura não foi esquecida.
FOSTE E ÉS NOTÁVEL. PARABÉNS PELO BRILHANTISMO, PELA CAPACIDADE DE ESTRUTURA DO TEU TRABALHO E POR TUDO AQUILO, QUE NOS TRANSMITES.
Beijinhos de luz para minha sobrinha, Taci, e para ti, AQUELE ABRAÇO.
Obrigada Bento pelas palavras. Eu tb tenho sentido falta de tudo, por isso voltei. como Já disse n com muita frequencia. Mas voltei!!
ResponderExcluirOlá Bento Sales,
ResponderExcluirDepois desta verdadeira aula de cordel e cultura popular, eu fico imaginando -- casos que eu conheço -- quantas pessoas se dizem poetas e não dominam sequer as técnicas de uma boa poesia. Muitas pessoas acham que ser poeta é simplesmente rimar alguns versos, e vendo a complexidade do segmento chamado cordel, eu vejo o quão longe eles estão de serem verdadeiros artistas da palavra.
Um grande abraço e obrigado pelos comentários sempre pertinentes lá no Rama.
As palavras têm um grande poder. E você sabe usá-las com propriedade, nos comentários. Consegue nos dar estímulo e alegrias. OBRIGADA!
ResponderExcluirBjs.
Bentinho, amigo!
ResponderExcluirAguardando novo post, vim deixar um abraço dominical para ti e tua família!
Beijinhos na Taciane, linda!
Great post! I'm sure it reads even better in Portuguese (Google translate still has some issues unfortunately).
ResponderExcluirBento, eu não sabia que a Literatura de Cordel era tão complexa assim e com métrica tão definida.
ResponderExcluirBeijos!
Miriam.
Muitíssimo obrigado por tantos esclarecimentos, Bento. Agradeço, também, tua presença no rejaneando.
ResponderExcluirVou fazer a minha casa
ResponderExcluirNo acero verde da roça
No velho estilo palhoça
Fogão de lenha e brasa
Cavo uma cacimba rasa
Pra ter água pra beber
Faço um canteiro pra ter
Cheiro verde e cebolinha
Compro até uma vaquinha
Meu leite e queijo comer.
Mandacaru
Não quero ouvir alarme
De qualquer despertador
Basta um galo cantador
Quero dormir ate tarde
Não quero ouvir alarde
De motor e de buzina
Nem sirene de usina
Ou barulho do metrô
Nem grito de camelô
Marretando na esquina.
MANDACARU