Desenho de Taciane, minha filha de cinco anos.
Estava preso, nasci
E noutra prisão, cresci;
É o cárcere do mundo;
Mesmo sem parede, grade ou fundo,
Ela é de segurança máxima,
É inconsciente, uma lástima.
Esse xilindró é uma seqüência de cela,
Que torna a vida uma procela;
Fui prisioneiro da infância,
Agora, sou da ignorância.
Estou preso à língua,
Dela me desprendo à míngua.
Sou refém da cultura,
Que me retém como uma sepultura.
Outrossim minha crença e sociedade
Tolhem-me a liberdade.
Oprime-me a moral
Porque não tem capital.
Querem-me fechar o lábio,
Pois não sou sábio.
Estou sempre espreitado,
Posto que sou um coitado!
Só se sente fora dessa condição
Quem não tiver dela convicção.
Olá Bento!
ResponderExcluirBela poesia, cheia de rimas e uma essência que nos faz pensar no mundo e suas exigências que nos aprisionam. Seja na forma cultural, social ou pessoal. A arte da poesia está em colorir e modelar as palavras, para serem desvendadas e ganhar sentido e conteúdo, e parabéns, você é um excelente artista.
Um abraço!
Que belo poema Bento.
ResponderExcluirInteligente e bem tramado.
Parabéns.
Saudades de vir aqui.
É meu caro, parece que que conhece o absurdo... o divórcio do homem e mundo, como pode o mundo me negar assim? É um absurdo!
ResponderExcluirLindo poema.
ResponderExcluirSábias rimas.
No poema, a prisão esta em você mesmo. E sua libertação pode ser sua perdição, seu fim. A prisão proporciona o crescimento, amadurecimento mas não o ápice. E esta busca é o viver.
Otimo noite.
Abraços.
Taci.... Vc caprichou pro papai neste desenho. Ate seu desenho é coerente com o poema. No fundo um personagem sorri.
Beijo princesa.
Voltando aqui...
ResponderExcluirEstou tentando atualizar meu blog com meus trabalhos.
Ainda tem muita coisa pra postar, mas da uma passadinha por lá pra conhece-lo.
http://drigadbem.multiply.com
Excelente descrição da prisão em que nos encontramos nesse mundo cheio de leis e normas,onde somos obrigados (mesmo ocultamente) a segui-las, sem a liberdade de expressar nossas ideias sem sofrer penalidade.
ResponderExcluirSejam elas impostas por nossa moral, ou por opiniões contrárias.
Prisioneiros do mundo e refém de nós mesmos!
Belo texto Bento, como todos que segue esse gênero de despertar comentários distintos em cada interpretação.
Nunca fui boa com a língua portuguesa, sempre fui empurrando com a barriga até chegar no final do ensino fundamental e ter uma Professora que foi meu exemplo, ela era um carrasco vestida em pessoa, mas exercia seu papel como nenhuma outra.
E com ela aprendi a ler livros, interpretá-los, comentá-los para a turma inteira, sem os " E ai"
que todo aluno nervoso fala.
Também me ensinou que pra mim ir ali não dá. rsrsrs
Enfim, aprendi a admirar pessoas com essa capacidade de lecionar por gostar do que faz. E até hoje quando eu á vejo sinto saudade do tempo em que era minha professora.
Obrigada por seus comentários que muito me incentivam e me deixam feliz.
Beijo na filhota talentosa e um bom domingo pra ti e tua família!!
Bento, sabe o que eu acho interessante.
ResponderExcluirÉ a sicronia do desenho da Taciane com o poema!
Parece que vc se inspira nele ou ela em vc!
É algo impressionante!
Abraços meu amigo e tenha uma ótima semana!
Muito bela a poesia socio-humana aqui escrita por ti professor Bento, parabéns. E agradeço as suas palavras como sempre bem vindas. Só postei a entrevista por obrigação em responder a vários emails, pois por ela estavam muitas pessoas esperando, ela rodou na internet 48 horas, mas eu pedi pra tirar do ar, não acho ela necessária; como meu blog é apenas pra um "grupo fechado", pois não faço questão de vivulga-lo, é mais facil deixar ela postada aqui, do que onde estava. Não sei porque querem tanto saber de mim, não tenho nada de diferente, mas faz parte, respeito a curiosidade deles. As vezes o mundo cobra uma satisfação da gente, mesmo que não achemos necessário da-la, temos que fazer; mas é mais simples estar simples e pronto. Ler, e ser lida, e assim vamos vivendo não e mesmo?
ResponderExcluirUm abraço!
Legal e forte a sua maneira de se expressar...
ResponderExcluirPassei pra conhecer e gostei ...
bj
Ei.... sugiro que coloque seu quadro de seguidores mais em facil acesso... demorei pra achar e nem sou loira.... rsrsrs
ResponderExcluirDesculpa a brincadeira... mas ja coloquei minha carinha lá
fui
muito interessante. vc descreceu como somos nesse mundo: prisioneiros. eu disse como somos e nao o que somos. e parabens para tua filha ela é defato um achado (kkk)e bom que com o pai escritor e a filha desenhista vc's farão grande sucesso quando for escrever teu livro (kkk). Ha e obrigada pelo comentario, e fato a historia traz uma nova esperança para a educação, por isso gostei tanto.
ResponderExcluirBento,belo poema que retrata sobre a realidade
ResponderExcluirda vida de todos nòs..
Nòs somos prisioneiros e refèm de nòs mesmo:
A biblia diz...O prisioneiro è viver sem Deus,
Não ter benção pra contar...
A esperança demorada desfalece o coração...
Parabéns pelo poema.
Beijo para Taciane.
Abraço!
Luci sales.
Boa tarde!!
ResponderExcluirPassando para uma visitinha!!
Saudações,
Carla
Olá, Bento... Boa Tarde!
ResponderExcluirAcabei de ler sua poesia, é linda!
Beijos e abraços a essa família linda!
Michaele e lavoi.
Olá Bento, meu amigo!
ResponderExcluirObrigado pela visita e comentário
em ''O Passageiro''.
É sempre gratificante receber uma visita
sua, e sua opinião é de uma importância ímpar.
Obrigado pela amizade de sempre.
Um abraço!
Já postei o selo. Sempre observo os desenhos da sua filha professor e são bem criativos. Este aqui ficou muito bom ela deu prisão até mesmo na expressão com a boquinha do desenho, muito bom mesmo. Hoje estive a analisar desenhos Taciane, os teus desenhos fez parte do meu dia, parabéns viu.
ResponderExcluirUm abraço!
Taciane sinta-se honrada, pois a fera acima ai RROQUES analisando os teus desenhos, considere-se a desenhista menina! Parabéns pelos desenhos.
ResponderExcluirBoa noite Bento!
ResponderExcluirCarla